Lindo e simples

Esse é uma variação bem fácil do modelo básico. Junto a parte central da cobertura com uma boa fita de cetim e dou um lindo laço – sempre fui craque em fazer laçarotes. É simples e, ao mesmo tempo, bem diferente, né?

"Havaianas" de pano

Mesmo nesta época – aliás, em qualquer época do ano – tem gente que só usa chinelinho de dedo. Foi por isso que eu criei minha “havaianas” de pano. Faço uma faixa de espuma comprida e amarro na ponta do pé com uma faixa mais estreita (também de espuma). Uso um ilhós para fixá-la na sola. Ah, esse modelo também fica ótimo em solas no estilo “anabela”.

Peep toe 3: de bolinha é melhor

E esta é a minha cor preferida. A malha de bolinha deixa o chinelo muito mais gracioso, não deixa?

Peep toe 2

Essa é a versão mais colorida. A malha estampada é a mesma da camisola da freguesa.

Os "peep toe"

Nessa época, quando o friozinho começa a chegar, sempre tento inventar algo para os chinelinhos fechados. No ano passado, criei esse: é o chinelo peep toe. Deixei aberto de leve na ponta, só para os dedinhos ficarem de fora, e virei a parte de trás da cobertura. Aí, invento detalhes para a viradinha, que sempre é de outra cor – geralmente a base é estampada e a viradinha de uma só cor. Um lacinho de cetim arremata a produção. Não fica lindo?

Off-topic

Às vezes, minhas filhas chegam em casa com uma ideia e querem que eu reproduza. Esta nécessaire foi vista por minha filha numa lojinha. Eu usei cetim no lugar de feltro e deu nessa bolsinha: não ficou uma graça? Entre um chinelinho e outro também há espaço na minha máquina para essas outras bonitezas.

O básico infantil

Antes de inventar o chinelinho de bonequinha, este da foto era meu principal modelinho infantil. Este, em especial, é feito de malha atoalhada por inteiro - incluindo o laço principal, que ganhou um segundo lacinho de tecido por cima, arrematado com uma fitinha de cetim. Usei um tecido mais firme do mesmo tom lilás para o viés e a alça com elástico, que deixa o chinelinho bem preso ao tornozelo. Quanto menor o número do pezinho mais fofo fica esse modelo.

As bonequinhas

Por falar em chinelinhos divertidos, nenhum se encaixa melhor nesse adjetivo que os de bonequinha. Esse é o chinelo mais pedido, sem dúvida. Os primeiros foram feitos para crianças, mas, hoje, não há restrição de idade: gente grande e até vovós já ganharam esse chinelinho.

Faço assim: costuro uma almofadinha redonda com espuma dentro, uso linha colorida para o cabelo e olhinhos de plástico comprados no armarinho. Minha filha finaliza com os traços da boquinha e da sobrancelha, feitos com caneta. Colo um velcro na parte de trás e na cobertura, para que a pessoa possa tirar a bonequinha - e trocá-la, se quiser.

São várias as bonequinhas. Tem bonequinha com a cara da Emília (aí uso linha colorida para os cabelos), bonequinha loira, ruiva e negra (com os cabelinhos escuros, assim como a pele-tecido), bonequinho (fiz um menininho com boné de tecido – foi o mais difícil até agora) e até bonequinha com cara de avó (coloquei um coque de linha cinza e perolazinhas na orelha). Não tem quem não goste desse modelo.

Versão divertida

Lembra daquele modelinho com laço gordo? Esta é uma versão alegre. A malha estampada da cobertura foi escolhida pela freguesa, que também opinou na cor da base. Havia duas opções: um tom amarelo ou pink. Com amarelo, o chinelo ficou mais que alegre: está até divertido, né?

Com passa-fita

Essa é uma alternativa ao bordado inglês. No lugar dele, coloco uma bela passa-fita. Como esse detalhe é geralmente branco evito passar fitas de cetim de cores que destoem da malha principal – tem que ter cuidado para o chinelinho não reunir informação demais. Estou com mania de perolazinhas e dei um jeito de colocá-las nesse modelinho também. Fica bem delicado.

Bordado inglês: versão leve

Olha como a versão creme deixa o chinelo mais alegre? Aproveitei para deixar a fita de cetim mais comprida.

Com bordado inglês

Os chinelinhos abertos são mais fáceis de lidar: dá para criar mil-e-uma variações. Colocar bordado inglês, daqueles bem largos e cheios de detalhes, é uma delas. Prego em cima e decoro com fitas de cetim e perolazinhas ou outros detalhezinhos (tem flor, folha, é só fuçar um pouco em uma boa loja de armarinhos). Fica lindo e sóbrio. Para deixar mais alegre, às vezes brinco com a cor da malha e do bordado, fazendo um ton sur ton – sempre delicado - ou escolhendo tons mais leves.

Friozinho

Ainda falando em modelos básicos... Este é um dos mais pedidos no inverno. Todo fechado, ele deixa o pé ainda mais quentinho – tem revestimento extra de espuma para isso. Faço com malha comum (como essa da foto), mas também com aquela flanelada (de lã) ou atoalhada. E brinco com os detalhes: pode ter rendinha, bordado inglês (ou qualquer outro) ou apenas lacinhos de cetim. Até decorado com plumas eu já fiz. As solinhas também podem mudar: dependendo da cor da malha, uso sola preta ou branca.

Lacinho gordo

Depois de vender alguns pares, encasquetei que eles podiam ter algum diferencial. Aí fui pensando em coberturinhas diferentes. Esta aí é clássica: faço uma almofadinha retangular e encho com (uma fartura de) espuma. Amarro com lacinho de cetim (às vezes, incremento com perolazinhas) e costuro em cima. É um modelo bem delicado, bom para dar de presente. Fica bonitinho em malhas de todas as cores. Essa de bolinha é uma das minhas preferidas.

O primeiro chinelinho

Meu primeiro modelinho foi esse: é o mais básico de todos. Tanto a parte da sola como da cobertura são revestidas com espuma (por isso ele fica bem confortável) e não há nenhum detalhe mais criativo. Hoje, vendo esse chinelinho para homens e para quem gosta de um chinelo mais simples. Todos os outros são variações deste.

Começou assim...

Sempre costurei para fora, mas desde que minhas filhas nasceram só faço casacos, calças, blusas e vestidos para elas. Tudo que costuro, hoje, é exclusivo das filhotas. A não ser os acessórios: já tem quase 20 anos que eu me especializei em chinelinhos de quarto.

Tudo começou quando eu vi um feito pela minha cunhada. Pensei: “será que é fácil?” Comprei um chinelo dela, desfiz inteirinho e remontei. Levei na academia de ginástica e todo mundo começou a perguntar: “não faz para fora?” Era minha chance de voltar a costurar.

Do boca a boca deu muito certo. Vendia com pijamas para a loja de uma amiga e o negócio cresceu. Continuo fazendo tudo de um jeito artesanal, aqui na minha casa, mas já criei mais de 10 modelinhos. Capricho no acabamento: uso sempre tecido duplo, coloco viés, compro o pano da palmilha e eu mesma corto no tamanho exato.

Vendo muitos pares e, às vezes, uma freguesa ou outra pergunta se eu tenho fotos dos modelos num site. Com a ajuda das minhas filhas, montei o blog para mostrar meus chinelinhos.